sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Renovatio*

Nós, os de então, já não somos os mesmos.
(Pablo Neruda)




Agradeço a todos que acompanharam o 'Nudez Poética' ao longo deste ano, contribuindo  para a sua existência. Um grande abraço e Feliz Ano Novo!


* Renovatio: latim, renovação.
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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A poesia e o mito

Edward Burne-Jones - Pan and Psyche



Conteve a poesia
com mãos de quimera:

soprou-lhe aos ouvidos
olhar sustenido
fina flor pagã.

Lou Vilela


* Livre adaptação do mito de Pã.
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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Leitura suicida III


 
Repouso na colcha de retalho - Di Cavalcanti



na ausência retêm o calor;
no afago de turvas mãos
que exploram e mutilam.

Lou Vilela


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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Aprendemos a voar como os pássaros,
a nadar como os peixes;
mas não aprendemos a simples arte
de vivermos juntos como irmãos.

Martin Luther King


Natal Brasileiro - Raimundo Nonato Oliveira



Feliz Natal a todos e um Ano Novo de muita paz, 
saúde, amor e solidariedade!
 
Lou Vilela



*Quero me desculpar pela ausência. A administração do tempo neste período é ainda mais complicada. Entretanto, não podia deixar de saudá-los. Um beijo no coração de cada um!:)

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Um tango em cadafalso








 
duas taças, vasta sede
e o tinto que escorre
enquanto sangram.

Lou Vilela 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aproveito a oportunidade para informar que o meu poema 'Leitura suicida II', graças ao empenho dos que me prestigiaram, foi o mais votado na coluna "Texto da Semana" e está exposto no site da Editora da Tribo. Mais uma vez, obrigada pelo carinho!

Abraços,
Lou
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vendaval

                                              







Franziu o cenho como quem buscasse proteção
contra o tempo que aquelas palavras prenunciavam.

O amor se inaugurava...

Lou Vilela







* Em intertextualidade ao poema “Na praça”, da poeta Adriana Godoy.
** Imagem: "Sea serpents IV" - Gustav Klimt.
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sábado, 11 de dezembro de 2010

O que pulsa


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“Aquilo que não me mata, só me fortalece”
(Nietzsche)

Sempre sobra, quando falha:
é na ponta da navalha
que se ajusta.

O que custa?
Mais um corte (cicatriz)
em um peito que insufla.

O que pulsa?
A sobra que aponta
à ponta da navalha;

o corte quando há falha
e não mata.

Lou Vilela
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Poema sem título II

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'A dor passa, mas a beleza permanece'.
(Renoir)

La Grenouillere - Renoir 


A poesia engole bocas
Em alarido de olhos
Pululam poemas

Lou Vilela


* Agradeço sempre e muito pelo carinho dispensado. É uma alegria enorme recebê-los aqui! Beijos e boa semana a todos!

** Hoje, é o meu dia de postagem no blog "Maria Clara". Quem desejar conferir é só clicar aqui.

*** O Eder, do "Lura da Quimera", prestou-me uma linda homenagem. Clique aqui para ler.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Poema para sustos e Minotauros

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A palavra trama
Tece em nós fio
e (des)caminho.

Lou Vilela



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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O milagre não silencia

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Tantas as horas de desassossego,
Felicidade inquieta de passarinho.

Nada tão mais eficaz nesse instante
Quanto o som: gorjear é tecer paixão
Nos chinelos coloridos das manhãs.

Durante o milagre, cuida das asas!
Ousar é enfrentar estações.

Lou Vilela
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domingo, 21 de novembro de 2010

"Eu te proponho"...

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participar deste exercício criativo: construa um poema, uma frase, um miniconto... a partir da imagem abaixo.
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sábado, 20 de novembro de 2010

Em outra seara

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Olá, meus caros! Saudades... – ainda não estou conseguindo aparecer frequentemente.

Hoje, trago uma novidade: tive a grata satisfação de saber que o meu poema 'Leitura suicida II' está concorrendo ao texto da semana no site da Tribo. Caso queiram me presentear com um voto, o link está aqui. Independentemente disso, vale a pena passar lá para conhecer o espaço e participar dos eventos promovidos pela editora.

Agradeço pela atenção e desejo a todos um excelente final de semana!

Beijos,
Lou



p.s.: Continue lendo para "ouvir",  logo abaixo, o canto do Azulão.

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Dia da consciência negra



O Canto do Azulão

Entre almas penadas

vaguei, arrastando correntes...
O verbo, canto solene,
a pena, meu instrumento.

Ouvi lamento do cárcere,
gemidos ao bailar do vento,
o grito abafado no açoite,
o ódio rangendo nos dentes.

A mistura rubro-negra
do sangue correndo na carne
coroou a tese racista
que impôs a barbárie.

Na imensa capilaridade da ignorância
- apesar das leis outorgadas -
perpetua-se mensagens subliminares,
reforça-se a discriminação velada.

Lou Vilela 



* Texto republicado.
** Este poema é um dos que compõem o meu capítulo na obra Maria Clara - uniVersos Femininos.
*** Azulão: pássaro.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Poesia e Girassóis

Meus caros,

Hoje estou no "Maria Clara: simplesmente poesia" com o poema Girassóis. Quem desejar, é só clicar aqui para ler.

Uma excelente semana a todos,
Lou
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sábado, 6 de novembro de 2010

Em terra de alfenim

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Ah! Esse menino
Quem dera uma vida assim
Pura, deleite, quimera?
Eu beijava seus “olhins”
Fina ternur'ânsia
Uma discrepância entre troncos
Contorcidos, cupins
Ah! Esse menino...

Fosse o vento meu sussurro
Correria vasto mundo
Faria ponte os segundos
Pra naufragar de amor
Em seus lábios de gemente
Coragem de água’rdente
Curtida precisamente
No suor de meu calor

Fosse o rio meu transporte
Pedra, apoio, consorte
Cachoeira, salto, porte
Pro seu coração estopim
Rezaria o terço inteiro
Todos os dias até o janeiro
Carpido, derradeiro
Em terra de alfenim.

Lou Vilela
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“Educação, mídia e cognição”

Lançamento do livro "Educação, mídia e cognição".
Foto fornecida à Hercilia pela profa. Maria Angélica.


Gostaria de parabenizar publicamente à poetisa, professora, Doutoranda em Educação Hercília Fernandes pelo trabalho "A literatura infantil através dos tempos", que integra a obra "Educação, mídia e cognição", organizada pela profª. Maria Angélica Seabra Rogrigues Martins, editada pela Canal6, que reúne vários pesquisadores nas áreas de letramento, literatura, mídia e educação.

Constitui para mim motivo de agradecimento, orgulho e satisfação ter sido referenciada em um trabalho desse porte, em decorrência de minha criação voltada às crianças (ver espaço "Ritmos e Rimas").

Mais detalhes em “Novidades e Velharias”, blog de estudos literários e educacionais editado por Hercília.

Um grande abraço a todos,
Lou Vilela
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Linha azul

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Ilustração mostrando o campo magnético de um pulsar (azul) criando estreitos
feixes de radiação (magenta). Fonte: blog "Ciência e Tecnologia".





Tocavam-lhe os pulsares
Íntimos olhares clementes

Onde a linha era azul
E os nacos de tempo
Tapetes de liberdade.

Lou Vilela


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domingo, 31 de outubro de 2010

...

 .
Feliz por viver este momento histórico. 
Parabéns ao povo brasileiro!!

Lou Vilela
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sábado, 30 de outubro de 2010

Eleições


Endosso as palavras de Lívio Oliveira, do blog "O Teorema da Feira": 

 
"Sinceramente, não dá para ficar neutro numa hora dessas! [...] Sou um crítico sentido de algumas posições equivocadas do PT e do governo Lula, mas tenho a consciência de que tem sido um governo de fortes avanços e mudanças consideráveis no tratamento das questões sociais no Brasil."

Voto em Dilma, sem a menor sombra de dúvida.

Um excelente final de semana a todos!


Beijos,

Lou Vilela

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Quando o tempo não era exatidão

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Hákarl (tubarão podre), iguaria tradicional da culinária da  Islândia. 
Fonte: Wikipédia.




Criou um mundo além de si
Mesmo, sob pedras
Viria a degustá-lo como prato
Exótico: envelhecido e podre.

Lou Vilela


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sábado, 23 de outubro de 2010

Leitura suicida II

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Mar Agitado - Gustav Klimt




Debruço-me sobre ti
(uma fome de mil bocas)
como se a espumar
onda que arrebenta
e lambe arrecifes.

Lou Vilela




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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

As Marias em Beagá



* O livro também pode ser adquirido pelo site da Editora LivroPronto.

** Carmen Silvia Presotto, da Editora Vidráguas, publicou um de meus poemas em seu site (seção anáguas). Aproveito a oportunidade para agradecer à Carmen pela atenção dispensada. Estou muito lisonjeada. ;)
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sábado, 16 de outubro de 2010

Leitura suicida

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Dânae - Gustav Klimt




Teu olhar de pele
arrepiada
provoca os vãos
de minha boca:

de lamber-te
afogo-me
suor e saliva.


Lou Vilela

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Os que me habitam

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Nem tudo era vão.
Nem tudo era chão.

Trazia nos vincos
das mãos
a dor e o orgasmo
das bocas.

[No olho, o pão;
nas letras, a sopa.]

O sêmen
escorria
por folhas
e moitas.

[Há dias de pratos.
Há dias de pedras.
Há dias de coxas.]


Lou Vilela

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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Todo dia é dia de criança...

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Sempre que passo
por , crio asas
e sou muito feliz!

Lou 

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domingo, 10 de outubro de 2010

"Seria tua musa desde que..."

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          Queridos amigos e leitores, hoje estou no Maria Clara: simplesmente poesia com o meu "Nerudianas". Quem desejar (re)ler, é só clicar aqui.

Abraços,
Lou
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domingo, 3 de outubro de 2010

Um regalo, antes que amanheça

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Este poema pretende-se 
quase tão "eloquente"
quanto o meu silêncio:
trans.borda-nos...

Lou Vilela

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sábado, 2 de outubro de 2010

Entre.mentes

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Não concebia aquela morte
morte desdenhosa;
morte sem perdão.

Entre o sonho e a realidade,
a urgência do saber.
E nem tudo se sabe.
E tudo o que se sabe é lado.

Lampejos de consciência apontavam:
o punhal que esfacela, seduz;
realça o brio da existência.
Viver atormenta e salva.

Não concebia aquela morte,
a da alma.


Lou Vilela

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Imperdível: Maria Clara - uniVersos femininos


Maria Clara — uniVersos femininos, coletânea que reúne 12 poetisas de diversas localidades do Brasil, possuidoras de formações e atuações profissionais várias, cujos trabalhos literários, então expandidos na internet, tem alcançado significativa repercussão junto aos leitores.

A obra foi lançada recentemente durante a 21ª Bienal Internacional de Livros de São Paulo, pela LivroPronto Editora-SP, e resulta das interações construídas no blog/projeto voltado à apreciação de poesia feminina, sob a coordenação de Hercília Fernandes, Maria Clara: sim ples mente poesia.

O livro contém 256 páginas distribuídas em 12 capítulos individuais e coloca em pauta a relação "gênero x poesia". Integra as discussões pautadas na visão de que a escrita elaborada por mulheres na atualidade transcende aos ditames da tradição falocêntrica e misticismo religioso, posto consistir uma criação que "diz", que "revela"; muito embora mantenha, ainda, traços pertinentes ao lirismo feminino, como o sentimento, a imagética e a introspecção.

A coletânea evidencia, assim, os saberes e as experiências dos universos femininos, confere valoração à leitura/escrita feita por mulheres em suas práticas sociais cotidianas. Essas considerações são postas, à reflexão do leitor, no livro, na apresentação historio(gráfica) de Hercília Fernandes.

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O prefácio, intitulado "Noivas na estante", foi escrito pela Profª. Drª. em Literatura Comparada Ana Santana Souza de Fontes Pereira (UFRN), cuja apreciação crítica, constituindo uma poética a mais no conjunto da composição, destaca a multiplicidade no fazer literário das autoras, donde as "marias": "se vestem de tônicas, em todos os tons do claro (do rosa ao cinza), e estão prontas para pular muros ou atravessar paredes e casar com a poesia. São noivas pegando tudo que as inquieta (e mais o que a visão de lupa coleta) para criar uma paisagem reciclada de açúcar queimado em que versos escritos à ponta de faca perturbam como ferroada de marimbondo bravo (p. 16)".

O livro comporta preciosas considerações, em posfácio, sobre "a leitura de mulheres na obra do pintor francês Pierre-Auguste Renoir", especificamente em "Woman Reading", pintura em destaque na capa do livro. A análise foi elaborada pela historiadora e atriz, também poetisa, Nina Rizzi (UNESP), que assegura que as "marias claras", nesta coletânea, vão "além do caderno goiabada, das continhas e do fardo de que a mulher somente se realiza na maternidade" (p. 255).

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fisiológico


La Dormeuse - Renoir
 
tua fome é carne
que me come;

é traje
que visto
pelo avesso;

trágica,
profética,
é tropeço;

prurido,
pecado
e perdão.

tua fome
exaspera
minha fome
 – alimento
que abisma
e me mata.

Lou Vilela


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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Poema sem título

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CHAGALL, MARC (Russian, 1887-1985) -  'The Village by Night'





Se um dia tropeçarem
em teus passos
[um ir mais além,
rasgar o imediato]
já terá valido
a pena.

Lou Vilela


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domingo, 19 de setembro de 2010

Incondicional

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Encontrar-te é prazer
imbricado à dor.

Houvesse possibilidade,
arrancaria teu grito

- iria enfiá-lo
em minha boca,
acostumada que sou
com sons
entredentes;

libertaria teu canto
de passarinho.

E, passaria.


Lou Vilela


 

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sábado, 18 de setembro de 2010

Poema inter.rompido

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O tempo, cova de espantos;
as gentes, braseiros de saudades...

Lou Vilela




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domingo, 12 de setembro de 2010

Mais um dia de Maria...

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          De hoje até a próxima terça-feira estou no Maria Clara: simplesmente poesia com o conto "Nudez indesejada". Para dar uma espiadinha, é só clicar aqui.

Abraços,
Lou

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sábado, 11 de setembro de 2010

Feminina e plural


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Clique na imagem para ampliar.


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terça-feira, 7 de setembro de 2010

O mar e a língua

Clique na imagem para ampliar. 
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domingo, 5 de setembro de 2010

A fome de cada um

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Quem desejar conhecer um pouco mais sobre o trabalho do 
artista plástico Victor Ângelo, é só clicar aqui.



A fome que nos rege
Alimentada de lombrigas
Escoa pelos vasos
Da sociedade gastronômica

Fezes, ratos, outros grilos
Entopem esgotos
Que transbordam
Aos bramidos

Nos púlpitos, súplicas se alastram
Nas públicas, ações se arrastam
Nos púbicos, alguns gozam
[Enquanto p(h)odem,
Outros sangram


Lou Vilela

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sábado, 4 de setembro de 2010

Maresia

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Praia de Calhetas, Cabo de Santo Agostinho - PE; por Lou Vilela.




Tua sede represada
Inunda-me sal(dades)
Saliva de (a)mar
Profundo

Lou Vilela




Caríssimos(as), 

Por motivo de força maior, continuo sem conseguir dispensar a todos a atenção que merecem. Mais uma vez, aproveito a oportunidade para me desculpar e agradecer imensamente pelo carinho recebido.

Beijos saudosos,
Lou

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Comprando briga

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Não quero obrigação sentido for
Nem esparramar olhar profundo
Se um dia porventura me perder
De versos que intento, sitibundos.

Comprar briga a granel
Desmantelar os inimigos
Manipulando um broquel
Arrematado de ungidos.

Alardear algum valor
Arregaçado para briga
Fazer tempo vida em flor
Poetar todas as línguas.

Empunhar arma fina
Silenciar cada babel
Aprumar a pontaria
Disparadora de cordel.

Lou Vilela

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domingo, 29 de agosto de 2010

Dos vícios


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Quero as palavras
Angustiosamente cometê-las

Ao final, comê-las
[Vê-las gozar]

Não me faço de rogada



Lou Vilela

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Bula de um poeta

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Escreverei preto 
Quando luta ou dor. 
 
Escreverei branco 
Quando ausência de cor.
 
Escreverei...
 Tantos quantos – se for. 
 
[Palavra (mal)dita!]
 
 Serei pássaro, metáfora 
Resíduo que se alastra 
Braseiro, fumaça... 
 
Grito, murmúrio 
[Fundo, raso 
Claro, escuro...] 
 
Mais: o que silencia. 
 
Serei. 
 
 
Lou Vilela

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Embrulhado em papel de pão

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Tomei um porre na esquina
Daquele que entroncha o sujeito
Senti o ar rarefeito
Formigamento na mão
Fiz uns versos, umas rimas
Esvaziei o segredo
Trancafiado no peito
Cuspido em papel de pão

Empolgado, dei vexame
Subi no banco da praça
Declamei com água nos olhos
Pra quem só fazia achar graça
Aqueles versos na mão
O papel todo amassado
Ali desvendava o mistério
Eu, homem sério
Trôpego de paixão

Quem não conhece essa flor
Desdenha de minha dor
Oferece remédio
Mulher cheirosa, fogosa
Que geme o nome da gente
Mas minha paixão renitente
Prefere ranger o dente
Cuspir em papel de pão

Quem sabe um dia ela ouça
Meus versos, minha prece
Sorrindo, logo se apresse
Cuspa em papel de pão
Um bilhete mais que sentido
Dizendo que de ouvido
Soube de minha paixão
E aceita casar comigo

Lou Vilela
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Poema inédito para miúdos, aqui. De hoje até a próxima terça, também estou no Maria clara: simplesmente poesia. O poema não é inédito, mas quem quiser reler é só clicar aqui.

Um grande abraço a todos!


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